
Engenharia Química UFCG
A equipe do Boletim Informativo noticia um importante recado do Professor Doutor Antonio Carlos Brandão de Araújo da UAEQ (Unidade Acadêmica de Engenharia Química - UFCG) com a finalidade de angariar alunos interessados a desenvolver pesquisa em sua área de atuação.
Nossa área de pesquisa é modelagem, otimização e controle de processos. Nesta, o engenheiro é demandado com todo o conhecimento acumulado de engenharia química e também de outras áreas de conhecimento, quando necessário. Conhecimento lógico e de matemática é imprescindível para o sucesso na aplicação de desenvolvimento de ideias neste campo tão vasto. A grande vantagem é que o engenheiro que se aventura nestas pastagens passa a ter conhecimento aprofundado de todas as disciplinas envolvidas e, desta forma, é muito mais bem preparado que todos os outros em outras áreas afins para os desafios de mercado. Particularmente, os alunos de engenharia química da UFCG têm se mostrado muito promissores como engenheiros de modelagem, otimização e controle de processo, sentimento esse que tenho das aulas que ministro na disciplina de Dinâmica de Processos, onde a audiência realmente participa e se mostra motivada com o tema. Mas tudo isso é fruto de um trabalho conjunto com a administração atual que nos suporta da melhor maneira possível nos assuntos acadêmicos para o bom andamento da unidade. Enfim, gostaria de enfatizar que devido ao trabalho que desenvolvemos nesta área, temos hoje uma parceria com a Petrobras que já dura 4 anos; e já estamos no segundo grande projeto onde a participação de alunos do curso tem se mostrado fundamental para os ótimos resultados que temos alcançado. Estamos de portas abertas para os bons alunos que queiram se juntar a nós nesta empreitada.
Prof. Dr. Antonio Carlos Brandão de Araújo

A equipe do Boletim Informativo gostaria de reportar um pouco da história acadêmica e conquistas profissionais da professora Lucia Maria de Araujo Lima Gaudencio da UAEQ (Unidade Acadêmica de Engenharia Química - UFCG) a fim de compartilhar pontos importantes de sua experiência.
GRADUAÇÃO: ENGENHARIA QUÍMICA
MESTRADO: ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
DOUTORANDA: ENGENHARIA AMBIENTAL
Iniciei minha atuação acadêmica no Departamento de Engenharia Química (DEQ) da então Universidade Federal da Paraíba (UFPB), hoje Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), quando ainda cursava o mestrado em Engenharia Sanitária e Ambiental, na mesma instituição. Dediquei grande parte do meu trabalho ministrando disciplinas do curso de Engenharia Química, além de assumir alguns cargos administrativos junto ao DEQ, onde fui Vice Chefe de Departamento e Coordenadora do Laboratório de Físico-Química, dentre outras atribuições. Com a criação da UFCG, assumi o cargo de Supervisora das Provas de Química e Biologia da Comissão de Provas do Vestibular (COMPROV) da nova universidade, onde tive o privilégio de participar da elaboração do primeiro concurso vestibular da recém-criada instituição.
Durante o período de 2005 a 2014, fui requisitada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), onde prestei serviços como Chefe da Coordenadoria de Meio Ambiente. Esta oportunidade me rendeu uma boa experiência e grande conhecimento relacionado às questões ambientais que envolvem as atividades da cadeia do petróleo e gás natural. Na minha chegada à ANP, tive a atribuição de estruturar a área de meio ambiente da instituição, formando a equipe que se destacou por uma atuação que até então era ausente no órgão regulador da indústria do petróleo, gás natural e biocombustíveis. Foi um grande desafio, tratar as questões ambientais no órgão que tem por atribuição a implementação da política nacional de petróleo e gás, onde até bem pouco tempo não dispunha de espaço relevante para tais questões. No entanto, a dedicação da equipe que auxiliei a formar e a qual coordenei, composta por profissionais da área de engenharia química, química, biologia e engenharia ambiental foi motivo de destaque dentro da instituição, de forma que a partir deste trabalho, o trato das questões ambientais foi devidamente consolidado.
Como representante da ANP, tive oportunidade de participar de eventos nacionais e internacionais na área de meio ambiente e com muita honra, fui agraciada com a Comenda de Cavaleiro da Ordem do Mérito Cartográfico, outorgada pela Sociedade Brasileira de Cartografia, Geodésia, Fotogrametria e Sensoriamento Remoto – SBC, em maio de 2012, pelos serviços prestados à frente da Coordenadoria de Meio Ambiente da ANP.
Em 2014, retornei às minhas atividades acadêmicas junto à Unidade Acadêmica de Engenharia Química (UAEQ) da UFCG, onde com muita satisfação, ministro aulas e tento repassar o conhecimento e a experiência adquiridos ao longo dos 10 anos em que vivenciei diversas desafiadoras situações envolvendo aspectos ambientais ligados à indústria do petróleo e gás natural do nosso país.
Além das atividades didáticas junto à UFCG, acumulo hoje as atividades do curso de doutorado em Engenharia Ambiental do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da Universidade Estadual da Paraíba, onde desenvolvo a tese intitulada Indicadores de Sustentabilidade para Campos de Petróleo Offshore.
Prof. Msc. Lucia Maria de Araujo Lima Gaudencio

No dia 14 de Maio, durante uma audiência pública na Assembléia Legislativa (ALES), promovida pela comissão de Cidadania, assuntos como a falta e o desperdício de água foram debatidos junto ao Laboratório de Referência em Dessalinização (LABDES), representado pelo coordenador do laboratório, o professor Kepler Borges França. Professor e pesquisador do Departamento de Engenharia Química da UFCG, Kepler possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal da Paraíba (1978) e doutorado na University of Kent at Canterbury na área de transferência de massa (1983). Possui experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em processos de membranas, atuando principalmente em temas como: osmose inversa, microfiltração, nanofiltração, eletrodiálise, dessalinização de águas salobras e do mar. Ele coordenou tecnicamente Programas do Governo Federal (Água Doce e Água Boa) para atender comunidades difusas no Nordeste e atualmente, vem implantando sistemas com membranas para tratamento de águas para comunidades isoladas no Norte.
Na reunião, o professor apresentou um projeto de dessalinização usando membranas poliméricas, que atendeu uma boa parte das comunidades nordestinas que não tinham acesso a água potável, como é o caso da ilha de Fernando de Noronha em Pernambuco, onde existe uma usina que funciona a 14 anos, produzindo 600 mil litros de água por dia. As membranas usadas são eficientes e econômicas e seu funcionamento utiliza o processo de osmose inversa, tendo o potencial de retirar os microrganismos e os sais que existem na água, deixando-a potável.
O projeto ganhou força e além do nordeste se expandiu para estados como o Espírito Santo. Há 15 anos, um sistema com capacidade de produção de água potável de 260 m3/h foi instalado em uma Estação de Tratamento de Águas e atende até hoje a comunidade de Guriri no Norte do estado.
O diretor Executivo da Reitoria do Instituto Federal do Espírito Santo, Mauro Silva Piazzarollo, mostrou que tem interesse em formar uma parceria futura com o laboratório representado pelo professor Kepler Borges para ajudar ainda mais o estado. Lá, eles desenvolvem várias pesquisas voltadas para a crise hídrica e preservação dos rios e nascentes, mas nenhuma na área de dessalinização.
Graduado em Engenharia Química pela Universidade Federal da Paraíba (1988), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal da Paraíba (1992) e doutorado em Engenharia de Processos pela Universidade de Nantes (1997). Atualmente é professor Associado IV da Universidade Federal de Campina Grande. Tem atuado na linha das Operações de separações,experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em Operações de separação e Mistura, com ênfase na fluidodinâmica computacional aplicada a escoamentos multifásicos (processos de separação usando hidrociclo-
nes, separadores ciclônicos e separadores bifásicos e trifásicos; dispersão de poluentes no solo, ar, água e transporte de fluidos em tubulações e conexões, na presença ou ausência de vazamentos).
Nos dias 12, 13 e 14 de Junho ocorreu em Campina Grande – PB o I Workshop Norte-Nordeste de CFD Aplicada à Engenharia e Ciências Correlatas. Evento que contou com participantes de várias regiões do país e profissionais da área Dinâmica dos Fluidos Computacional de todo o Brasil. O Professor Dr. Severino Rodrigues de Farias Neto, da Unidade Acadêmica de Engenharia Química – UAEQ, proferiu uma palestra como tema “CFD aplicada a escoamentos multifásicos”, onde foi abordado o que é escoamento multifásico, onde está presente na natureza e na indústria. A palestra deu ênfase à fluidodinâmica computacional aplicada ao escoamento multifásico (teoria e exemplos).
“O evento teve um impacto importante na comunidade dos pesquisadores da fluidodinâmica computacional, pois observou-se cientistas e alunos de outras regiões fora norte-nordeste, com palestras interessantes e bem diversificadas pondo em evidência o fator de impacto CFD como ferramenta, diríamos assim, quase que imprescindível na ciência, na engenharia e em outras áreas, afins ou não. ”


A equipe do Boletim Informativo gostaria de destacar a participaçãodo professor Dr. Severino Rodrigues de Farias Neto da UAEQ (Unidade Acadêmica de Engenharia Química - UFCG) no I Workshop Norte-Nordeste de CFD Aplicada à Engenharia e Ciências Correlatas realizado na cidade de Campina Grande.
Após a graduação, o engenheiro químico recém-formado possui um amplo leque de carreiras a seguir no âmbito profissional. Dentre as diferentes opções que o mercado oferece, destacaremos durante a semana as mais requisitadas: Professor, Pesquisador, Consultor e a Indústria.
PROFESSOR - Se você já decidiu seguir a área acadêmica, isto é, ser um professor ou professora, o mais importante é esclarecer as dúvidas sobre as etapas e ouvir experiências dos profissionais que decidiram por essa opção.


A equipe do Boletim Informativo entrevistou o professor Heleno Bispo da UAEQ (Unidade Acadêmica de Engenharia Química - UFCG) para relatar sobre sua experiência e o que o levou a seguir a carreira acadêmica.

Me formei na UNICAP, em Pernambuco, fiz mestrado na UFBA e doutorado na UFCG, além de um estágio supervisionado na Alemanha, relata o Prof. Heleno Bispo da Silva Júnior. Ainda estagiei por um ano em uma indústria de tinta, mas pelo trabalho rotineiro, não gostei. Antigamente tinha-se uma facilidade maior para ingressar em uma universidade como professor, pois os concursos exigia o nível de mestrado ou até mesmo só a graduação. Atualmente existe uma lei que exige no mínimo o título de doutor, entretanto essa lei não entrou em vigor e quem decide o nível de exigência é a unidade acadêmica, porém as universidades têm interesse em profissionais com doutorado, visto que a pontuação da CAPES, para os cursos de graduação e pós-graduação, é maior quando o quadro de professores é formado por doutores. Eu escolhi essa carreira por que eu fui direcionado. Desde cedo na universidade tive alguns professores chaves que foram me influenciando a gostar da área acadêmica. Um grande influenciador e incentivador foi o Professor Manzi, com ele foram 3 PIBIC’s, a co-orientação do mestrado e a orientação do doutorado, além disso o estágio na Alemanha de 3 meses que foi por indicação dele. Como tudo na vida, para se tornar um professor universitário, além do conhecimento, é necessário gostar. Não é fácil se preparar para dar aula e passar segurança para os alunos, não é fácil desenvolver projetos, desenvolver temas atrativos e criativos que prendam a atenção dos alunos, estar sempre disponível e atento aos novos desafios. Se você não tem esse perfil, acho que a carreira acadêmica não seria uma boa escolha.
CONSULTORIA - Os consultores profissionais de engenharia são contratados para planejar e trabalhar em projetos para uma variedade de clientes. Você pode se tornar um consultor independente ou pode fazer parte de uma firma que tenha outros engenheiros. A maioria dos engenheiros tem áreas de foco específicas que eles estudaram e trabalharam, então muitas vezes é bom se tornar um consultor, enfatizando suas habilidades e experiências.

A equipe do Boletim Informativo entrevistou a Liz Jully Hiluey Correia para relatar sobre sua experiência e o que o levou a seguir a opção de consultoria.
Liz Jully Hiluey Correia possui graduação no curso de química industrial, mestrado em engenharia agrícola e doutorado em engenharia de processo. Iniciou sua carreira de consultora ainda cursando seu mestrado e chegou a fazer um curso de auditoria, tornando-se consultora chefe do estado.
Segundo Liz o consultor é um especialista em uma determinada área, onde o requisito necessário é de primeira instância ter uma formação e a partir daí se especializar. Quando contrato, o consultor é responsável por entender todas as etapas do processo, tornando-se possível detectar possíveis problemas, em seguida, comunica-se a empresa, que será a responsável por tomar as medidas cabíveis para a solução do problema.
O consultor apenas trabalha na área no qual é convocado, analisando determinado processo no qual possui vasto conhecimento, e a carreira para quem escolhe o ramo da consultoria se resume ao aprofundamento deste conhecimento. É uma área promissora, que financeiramente compensa além da estabilidade. Atualmente os preços pagos nas consultorias são tabelados, mas nada impede que um consultor que seja muito bom estabeleça seus próprios preços.
PESQUISADOR - O pesquisador é aquele que está na fronteira do conhecimento, procurando descobrir algo que ajude outros. A postura de pesquisador somente se obtém se houver disponibilidade e dedicação de tempo, para que se exerça com autonomia o ato de aprender. O recém-formando que possui mente aberta a novas ideias, dedicado a leitura, participa de congressos ou grupos de pesquisa, pode estar apto a seguir essa opção.

A equipe do Boletim Informativo entrevistou a Michelle Andrade Souza para relatar sobre sua experiência e o que o levou a seguir a opção de ser pesquisadora.

A paixão pela descoberta do novo, do desconhecido, pelos desafios impostos inerente à própria atividade de pesquisa e pela possibilidade de sempre criar e inovar algo em prol da melhoria e desenvolvimento da sociedade e da natureza foram as condições que conduziram Michelle Andrade Souza, Dra. em Ciência e Enga. de Materiais pela UFSCar e Pós-doutora pela Embrapa Instrumentação São Carlos (SP) a seguir a área de Pesquisador. O vínculo de formação para atuação na área de cientista\pesquisador se estabelece inicialmente pela universidade e em seguida por algumas empresas que investem em ciência e inovação. Apesar que ainda existem poucas empresas no Brasil que investem em ciência e inovação e que regulamentam a profissão de Pesquisador, preferindo investir em Pesquisa, Ciência e Inovação através de projetos ligados à programas de pós-graduação desenvolvidos por alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, que no geral recebem uma bolsa de pesquisa fomentada pelo governo federal com prazos determinados e recursos para compra de equipamentos novos úteis ao desenvolvimento das pesquisas nos laboratórios, incentivos à viagens nacionais e internacionais divulgando os resultados da pesquisa, etc.. Sendo um ótimo investimento e incentivo para o inicio da carreira de pesquisadores na universidade, tendo em vista que o tempo para pesquisa é bem maior do que nas empresas e o que mais importa no investimento do governo federal é o conhecimento gerado e não tanto o lucro.
INDÚSTRIA - O engenheiro químico que deseja atuar nessa área irá desenvolver projetos e operar as indústrias de forma a desenvolver novos processos de transformações físico-químicas. É o profissional que participa de todas as etapas desde a concepção e projetos de novas indústrias, até a operação, controle e otimização do processo produtivo.


A equipe do Boletim Informativo entrevistou o engenheiro supervisor de produção da Alpargatas Aécio Barbosa Sousa para relatar sobre sua experiência e o que o levou a seguir a opção de atuar na indústria.

O engenheiro que trabalha na indústria tem um perfil dinâmico, busca reciclar seu conhecimento constantemente e, principalmente, sabe lidar com pessoas de diferentes culturas, revela o supervisor de produção da Alpargatas Aécio Barbosa Sousa. Com doutorado em Engenharia Química, ele diz que infelizmente na Universidade o aluno não vê a parte de gestão, que é de suma importância na indústria, logo, ele deve buscar se especializar e adquirir além desse, outros conhecimentos que venham a contribuir com a indústria. Aécio relata ainda que a entrada do engenheiro químico na indústria é a descoberta de um mundo totalmente novo, não se conhece nada do processo, com o tempo é que se adquire esses conhecimentos. Se houver o incentivo da indústria para a ampliação dos conhecimentos através de capacitações o engenheiro químico vai longe. Na indústria você deve se entregar para aprender e gostar, fixar em ser engenheiro. Ele afirma que não se arrependeu em nenhum momento da escolha feita.
“A indústria é excelente, mas não pode ser comodista. Tem que ser profissional.”
Mostra de Profissões 2015
No dia 18 de abril o Colégio Motiva promoveu a Mostra de Profissões, que proporcionou aos jovens momentos de reflexão para auxiliá-los na escolha da profissão. Como o evento aborda todos os cursos, a unidade acadêmica de Engenharia Química da UFCG teve a sua participação na mostra, a partir da organização dos professores Heleno Bispo, Nilton Silva, Laércio Gomes e Vimário Simões, e participação dos alunos de graduação, pós-graduação e dos laboratórios da Unidade Acadêmica. A apresentação do curso foi diversificada, buscando abordar todas as áreas da engenharia química a partir de folders, vídeos, banners, fotos, simulações, explicações sobre softwares, experimentos, equipamentos, explanações sobre a pós-graduaçãoe graduação em engenharia química, experiências profissionais, funções do engenheiro químico na sociedade, exemplos de algoritmos simples, supervisórios e controle. Os futuros acadêmicos se mostraram curiosos e interessados a respeito do curso, o que faz acreditar que a participação na mostra de profissões vai resultar em uma maior procura pela Engenharia Química da UFCG. Segundo o professor Heleno “A mostra de profissões é interessante que ocorra sempre, pois é uma forma de propagar o nosso curso e angariar novos alunos”, com isso, pode-se perceber que a participação nesse evento pode despertar o interesse dos alunos e proporcionar uma maior visibilidade do curso.

Mostra de profissões 2015