
Engenharia Química e Tecnologia
LÍQUIDO IÔNICO: A variável que faltava para nossas pesquisas
Imagine um composto “coringa” que pode ser utilizado na separação de misturas, como solvente, como catalisador, produtor de fármaco... E tudo isso apresentando um bom aproveitamento. Pois é, esse composto já existe! Sejam apresentados ao líquido iônico. Trata-se de um sal líquido composto por um ânion e um radical iônico. Esse composto tem sido muito utilizado em pesquisas na Engenharia Química, principalmente na separação de metanol, etanol, etanol-água e sistemas ternários. Cada radical presente no sal possui afinidade com determinado componente, sendo utilizado para uma aplicação específica.
Segundo Cristiane Leal, mestranda da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, essas análises e líquidos vêm geralmente da Europa. Cristiane desenvolve pesquisas utilizando o liquido iônico, sob a orientação da Professora Dra. Marisa Fernandes Mendes. Em seu estudo, no laboratório de Termodinâmica Aplicada e Biocombustíveis - LTAB, ela utiliza o liquido iônico para a separação do sistema etanol-água. “O líquido iônico interage mais fortemente com a água, fazendo com que a solução líquido iônico-água decante para o fundo e a solução mais volátil, no caso o etanol, seja suspensa para o topo da coluna”, conta Cristiane.
Não só no Rio de Janeiro, mas em diversos lugares do país já existem estudos utilizando o líquido iônico em diversas aplicações. Inclusive, no Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o Professor Dr. Jones de Andrade realiza estudos com modelagem computacional sobre o comportamento de tais líquidos. O grande desafio do Brasil atualmente é tornar a síntese desses líquidos mais viável economicamente.
Vale ainda salientar que a recuperação do líquido, quando comparado a muitos solventes, é mais efetiva girando em torno de 100%. Esperamos então que nossos pesquisadores continuem desenvolvendo tecnologias de síntese e estudos correlatos, afinal as aplicações e os infinitos nichos atingidos por esse componente mostram que, de fato, o líquido iônico é a variável que faltava para as nossas pesquisas.
Mais informações : http://betaeq.blogspot.com.br/2015/01/liquido-ionico-variavel-que faltava.html
Filmes plásticos comestíveis - Descoberta de pesquisadores brasileiros
Você já imaginou colocar uma pizza no forno sem ter necessidade de retirar a embalagem plástica? Pois é, pesquisadores da Embrapa descobriram como fazer um material que permita isso. A película envolta da pizza é composta por tomate, e, ao ser aquecida, se incorpora à pizza, tornando-se assim, parte da refeição.
Essa técnica permite fabricar películas comestíveis de alimentos como espinafre, mamão, goiaba, tomate e pode utilizarmuitos outros produtos como matéria-prima.O material pode ser fabricado utilizando rejeitos da indústria alimentícia, garantindo duas características de sustentabilidade: o aproveitamento de rejeitos de alimentos e a substituição de uma embalagem sintética que seria descartada.
As características físicas desse novo material como a textura e resistência, são semelhantes a dos plásticos convencionais, todavia, sua vantagem refere-se a possibilidade do mesmo ser ingerido juntamente ao alimento, e ainda de acordo com os pesquisadores da Embrapa, esta película irá aumentar a durabilidade dos produtos.
A matéria-prima do plástico comestível é basicamente alimento desidratado, misturado a um nanomaterial que tem a função de dar liga ao conjunto. Segundo os pesquisadores, a maior dificuldade enfrentada foi encontrar a formulação ideal, a receita de ingredientes e proporções para que o material tivesse as características desejadas.
Esse processo de transformação é chamado de liofilização, e trata-se de um tipo de desidratação na qual, após o congelamento do alimento, toda a água contida nele se transforma do estado sólido diretamente ao gasoso, sem passar pela fase líquida, mantendo por sua vez, as propriedades nutritivas.A técnica pode ser aplicada aos mais diferentes alimentos como frutas, verduras, legumes e até alguns tipos de temperos.
Nesse sentido, acredita-se que o plástico comestível contribuirá diretamente para a redução do desperdício de alimentos, uma vez que as frutas que não são comercializadas por apresentar aspecto visual estranho, mas estão em condições de uso, poderão ser aplicados na fabricação desse plástico. Além disso, uma alternativa para utilização desse material caso se deseje descartar, é a compostagem, para obtenção de adubo. Outro ganho significativo, será a redução na quantidade de plásticos presentes nos resíduos sólidos urbanos, que muitas vezes são dispostos incorretamente.
Mais informações:
“Embrapa cria embalagem comestível a partir de frutas e hortaliças” - http://brasileconomico.ig.com.br/brasil/2015-05-06/embrapa-cria-embalagem-comestivel-a-partir-de-frutas-e-hortalicas.html (2015).
“Cientistas criam filmes comestíveis para embalagens” - https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/2411923/cientistas-criam-filmes-comestiveis-para-embalagens (2015).
Condução por plástico - os novos condutores de calor e eletricidade
Crescemos ouvindo: “metal conduz calor, plástico não”. De fato, até pouco tempo, somente metais e ligas metálicas possuíam a propriedade de conduzir calor. No entanto,cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos revolucionaram o mercado ao criarem um plástico que conduz calor, mudando completamente a forma com que os engenheiros olham para esse material.
O plástico condutor de calor é resultado de uma mistura de polímeros, cujas moléculas se juntam de forma a estruturar uma rede interna capaz de conduzir o calor. Em outras palavras, a equipe descobriu uma forma de ligar fortemente longas cadeias de polímeros de um plástico chamado PAA (ácido poliacrílico) com cadeias curtas de outro plástico chamado PAP (piperidinapoliacrílica). Esta mistura resultou em ligações de hidrogênio que são de 10 a 100 vezes mais fortes do que as forças que mantêm unidas as cadeias em outros plásticos, e isso contribui para que o calor seja conduzido pelo material plástico.A capacidade de condução térmica dos plásticos deverá não apenas facilitar a dissipação do calor gerado no interior de computadores e outros equipamentos eletrônicos nos quais o material está sendo usado, como também viabilizará a criação de dissipadores finos e flexíveis para veículos e equipamentos industriais, por exemplo.
Como se isso já não fosse suficiente e bem espantoso, há alguns anos, Alan Mac Diarmid, Alan Heeger e Hideki Shirakawa, criaram um plástico que conduz eletricidade. Uma invenção simplesmente fantástica! O plástico condutor de eletricidade é chamado pelos pesquisadores de polianilina “dopada”, por conter elementos adicionados à sua estrutura molecular. A pesquisa demonstrou que a polianilina pode cumprir bem a função de fiação entre dispositivos eletrônicos, um trabalho hoje feito por fios de cobre. Com a vantagem de ser uma opção mais barata e mais flexível, fatores essenciais para a construção de telas eletrônicas dobráveis ou sensores médicos, que devem ser totalmente maleáveis.
Essas e outras pesquisas, não somente com o plástico, estão a todo o vapor, tanto que hoje em dia já temos até mesmo peças de barro que conduzem eletricidade! A revolução na área de materiais é fantasticamente crescente e nos agraciará com produtos cada vez mais avançados e multifuncionais, como estes.
Mais informações:
PlásticosCondutores de Calor: High thermal conductivity in amorphous polymer blends by engineered interchain interactions. Gun-Ho Kim, Dongwook Lee, ApoorvShanker, Lei Shao, Min Sang Kwon, David Gidley, Jinsang Kim, Kevin P. Pipe. Nature Materials. Vol.: Published online
PlásticosCondutores de Eletricidade: Improving the electrical conductivity of polymer acid-doped polyaniline by controlling the template molecular weight. JoungEunYoo, Jennifer L. Cross, Tracy L. Bucholz, Kwang Seok Lee, Matthew P. Espe, Yueh-Lin Loo. Journal of Materials Chemistry. April 7. Vol.: Vol. 17, Issue 13, 1268
Panomara do mercado de trabalho para engenheiros químicos recém-formados
Ao chegar ao fim do curso de Engenharia Química, os alunos começam a se preocupar com o futuro profissional, perguntas como “Para onde vou?”, “Como será meu desempenho na fábrica?”, “Será que vou me adaptar?”, “Devo fazer mestrado?”. Estas são algumas perguntas comuns que concluintes se fazem ao chegar ao final do curso devido à dificuldade dos engenheiros químicos recém-formados têm de ingressar no mercado de trabalho. A concorrência os coloca sob pressão para que se tornem cada vez mais capacitados durante e após a graduação. Todavia, pelo fato da área da engenharia química ser bem dinâmica, ou seja, está em constante mudança, atendendo a demanda do mercado, torna-se necessário o profissional caminhar juntamente com a evolução desta no cenário nacional.
Oportunidades na época atual existem sim e em diversas áreas, pois segundo as pesquisas, no Brasil existe um déficit de 40 mil engenheiros, ou seja, devido ao crescimento do país, está sobrando vagas e faltando profissionais na área para o preenchimento das ofertas de empregos. Porém, a grande barreira para conseguir o primeiro emprego hoje, é a ausência de experiência dos recém-formados e as exigências do mercado.
O engenheiro químico recém-formado passa um período inicial de treinamento por várias áreas diferentes na empresa. Em seguida, começa a assumir projetos de pequena magnitude e sua responsabilidade vai, aos poucos, aumentando. No auge da carreira, o engenheiro químico assume a área gerencial e, para isso, exige-se formação técnica sólida e habilidades administrativas, muitos diretores e presidentes de grandes indústrias são engenheiros químicos.
O salário de um engenheiro químico que trabalha oito horas diárias, de acordo com CREA, é de 8,5 salários mínimos, que equivale a 5,7 mil reais mensalmente. Dificilmente a grande maioria dos iniciantes da área no mercado de trabalho recebe este valor, o que é justificado pela falta de experiência logo no início da carreira.
Fazendo uma análise das regiões do Nordeste, a região da Paraíba se compararmos com os estados do Ceará, Pernambuco e Bahia, existe muita dificuldade para ser conseguir um estágio, principalmente um emprego na área. A causa desse desfalque é que as grandes obras e grandes polos geradores de muitas oportunidades de estágios e empregos encontram-se nos respectivos estados citados acima, com a indústria siderúrgica e a refinaria, abrindo boas perspectiva para o Nordeste. Se falarmos ao nível de Brasil, o sudeste e o sul são as regiões do país com maior número com oportunidades de estágios e empregos, pois onde os grandes polos industriais mais se concentram.
Apesar da grande maioria hoje dos recém-formados não receberem um salário que segue o padrão do CREA, não se pode esquecer que o panorama do mercado é favorável a profissão, pois devido à versatilidade do Engenheiro Químico em atuar em várias áreas da produção de fábrica, esta é uma profissão que tende a continuar crescendo nos moldes do Brasil.
Mais informações:
Excel para engenheiros
O Pacote Microsoft Office (e as variações para iOS, Linux …) é uma das principais ferramentas de trabalho da atualidade, não apenas para estudantes, mas também para empresas, universidades, órgãos públicos, ONG. Esse pacote buscou (com boa eficiência) tornar eletrônicas as principais ferramentas de trabalho, tais como: o Word, é pedaço de papel, o Power Point, a antiga cartolina e o Excel, a calculadora.
E para os engenheiros, as habilidades estão nas contas e nas tomadas de decisões estratégicas e a principal ferramenta de trabalho é a calculadora. Ter uma ferramenta eletrônica como o Excel que torne possível executar tais funções é muito importante, bem como em execução de modelos matemáticos como alguns métodos numéricos. É também uma boa ferramenta para análise de dados, pois é possível montar gráficos na plataforma Excel, ajudando na vida de todo engenheiro.
De acordo com a ABEQ (Associação Brasileira de Engenharia Química), as aplicações do Excel em engenharia vão muito além do que o usuário leigo pode supor. As principais características que se podem destacar são:
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Disponibilidade – A suíte Office pode ser encontrada em praticamente qualquer lugar, seja em casa, seja no trabalho;
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Facilidade de uso – Cálculos sofisticados como sistemas de equações, lineares ou não, inversão de matrizes, podem ser realizados sem praticamente nenhum conhecimento de métodos numéricos;
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Variáveis nomeadas – Oferecem a possibilidade de o usuário trabalhar com sua notação preferida (x, y, a, b, etc) ou com a notação referencial (A1, B23, etc);
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Biblioteca de funções – O Excel possui internamente uma extensa gama de funções de engenharia (Bessel, erro, números complexos), acessíveis ao engenheiro sem a necessidade de uma linha de código sequer;
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Portabilidade – As planilhas Excel podem ser executadas em desktops, laptops e handhelds sem maiores dificuldades;
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Integração – O Excel se comunica com facilidade com outros programas da suíte e do Windows, podendo executá-los ou ser executado a partir deles;
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Expansibilidade – Através da poderosa linguagem VBA (Visual Basic for Applications) e de macros, o uso do Excel não tem limites, estendendo-se do trabalho em redes locais ao acesso à Internet;
Portanto, a criação de ferramentas como esta só vem para somar na vida, no caso do Engenheiro, o ajudando na melhoria do tratamento de dados, aplicabilidade, disponibilidade e expansibilidade.
Mais informações: http://betaeq.com.br/index.php/2015/09/11/excel-para-engenheiros
A energia Solar como você nunca viu!
No Brasil, mais de 90% da energia é produzida nas hidrelétricas, que dependem de água em níveis adequados em seus reservatórios para gerar energia. Infelizmente, este ano, a ausência de chuvas foi das maiores das últimas décadas, prejudicando a oferta de energia. Por isso, os consumidores terão uma meta a cumprir: reduzir o consumo de energia em, no mínimo, 20% (BRASIL ESCOLA). Diante dessa perspectiva da crise energética que o país vem enfrentando, torna-se necessário não apenas economizar, mas paralelo a isso é preciso buscar fontes alternativas para sanar parte desse problema.
Muito se fala das fontes renováveis e limpas de energia, tais como a Energia solar, porém pouco se compreende da dimensão e potencialidade dessa fonte alternativa. Dados da organização Greenpeace sugerem que, com a solarização de 1,5% dos domicílios brasileiros, seria possível desligar as termoelétricas de Piratininga, em São Paulo, e Candiota, no Rio Grande do Sul.Foi pensando nisso que o Greenpeace inicou uma série de iniciativas para disseminar o conhecimento em torno dos benefícios e da importância da energia solar treinando pessoas de todas as partes do Brasil. As experiências foram tão positivas que o Greenpeace decidiu desenvolver mais uma iniciativa, o Solariza,um simulador cujo objetivo é medir o potencial que o Brasil tem para o uso da energia solar.
Segundo o site da Revista Galileu, o simulador mesmo funciona da seguinte forma: o usuário escolhe um telhado em qualquer lugar no país e faz a marcação dele. A partir desta, é possível calcular qual é o potencial que aquela residência tem para a geração de energia.O simulador conta com várias missões para incentivar a interação dos usuários. Em um primeiro momento, o participante passa um tempo treinando a instalação solar e, em seguida, passa a experiência a frente para mais pessoas efaz cálculos de quanto dinheiro pode economizar utilizando a energia solar. O plano é também lançar algumas missões relâmpago, valendo prêmios e com tempos limitados para serem resolvidas.
“Com esses dados, conseguimos mostrar para o governo qual é o potencial dos telhados brasileiros. Podemos mostrar quais são as localidades com o maior número de pessoas interessadas na energia solar eassim temos elementos de convencimento para a criação de melhores condições de energia solar no país.””, diz Bárbara Rubim.
Acesse o simulador Solariza através desse link : solariza.org.br
Mais informações: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2015/02/fukushima-detecta-vazamento-de-agua-radioativa-no-mar-liquido-estaria-indo-para-o-pacifico-desde-abril-do-ano-passado.html
Olho mágico futurista
Hoje, 40% da população do planeta já sofre as consequências da falta de água. Estima-se que essas pessoas habitam regiões onde a oferta anual é inferior a 1 700 metros cúbicos de água por habitante, limite mínimo considerado seguro pela Organização das Nações Unidas (ONU). Tal realidade não se distancia da brasileira, pelo contrário, tem se intensificado cada vez mais, ao passo que a falta d’agua não se restringe mais a região Nordeste, mas também a região Sudeste, região que vem sofrendo redução dos níveis de diversos reservatórios que abastecem os seus estados.
Seja por falta de chuvas ou incompetência das autoridades em administrar os recursos, o fato é que a palavra de ordem agora não é RECLAMAR, mas sim ECONOMIZAR. Morando ou não nessas regiões, é ncessário que se adote algumas medidas práticas no dia a dia para reduzir o consumo de água na residência. Além de contribuir com a redução total do consumo da cidade, ainda gera uma economia na conta no fim do mês. Porém Tirando a conta que vem mensalmente, não existe condição de monitorar o consumo cotidiano de água, nessa perspectiva nisso, designers de Barcelona criaram o Ôasys.
Segundo o site da Revista Galileu, a ideia desse aparelhinho é que você o coloque na parede da sua casa, de preferência em um local visível e que sirva como passagem de todos os moradores da casa, como a cozinha ou a sala. Com uma interface bem simples, o Ôasys informa quanto de água foi gasto na última semana, mostra a evolução do consumo e apresenta desafios para a família – um dos trunfos do dispositivo é transformar a economia de água em uma espécie de jogo entre as pessoas que moram sob o mesmo teto, tanto que a quantidade de água não é medida em litros ou cifrões, mas sim por meio de um número tirado de uma escala particular do Ôasys, tornando a disputa mais palpável.Os designers também queriam evitar comparações diretas para as contas de água a fim de que as pessoas se concentrassem mais em economia de água do que dinheiro.
De acordo com os designers do Ôasys, com o passar do tempo o sistema vai entendendo o consumo de água da casa e adapta suas análises com base nisso. Os mesmos pensaram em tornar o Ôasys um aplicativo, no entanto, com o passar do tempo ou até dias, ele iria ser ignorado e se tornaria um aplicativo a mais em meio a vários existentes. Como os criadores mesmos afirmam: "Se isso é em sua cozinha ou sala de estar, ele vai ser muito mais poderoso do que uma notificação no seu telefone. E é também algo que é compartilhado entre todas as pessoas da casa."
Mais informações: http://www.fastcoexist.com/3051050/fund-this/this-glowing-white-orb-shows-how-much-water-youre-using-in-real-time
Inauguração do inédito complexo acrílico da BASF na Bahia
No mês de Junho, dia 19, aconteceu a inauguração do complexo acrílico da Basf em Camaçari - Bahia, a maior na área petroquímica do hemisfério Sul. Camaçari, passou a figurar no mapa do Brasil como sede do primeiro complexo petroquímico planejado do País, gerando uma grande quantidade empresas a este local. Há 37 anos desde a sua criação, dezenas de empresas de diferentes setores, de áreas mais diversas se instalaram nesse pólo e assim criaram oportunidades de emprego, renda e desenvolvimento para a Bahia e para o Brasil.
A nova fábrica vai produzir ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP), que são matérias-primas para a indústria de fabricação de fraldas, químicos para construção, resinas acrílicas para tintas, tecidos e adesivos. Tal produção é inédita no Brasil e na América do Sul e sua instalação e posteriormente funcionamento, preencherá uma lacuna na cadeia petroquímica brasileira, que permitirá agregar um importante valor e competitividade a este segmento industrial.
Segundo o Blog do Planalto, A estimativa da empresa é de que o investimento traga um impacto positivo de cerca de US$ 300 milhões/ano na balança comercial do País, sendo US$ 200 milhões por meio da redução de importações e US$ 100 milhões em função de exportações. Com o início das atividades produtivas, a previsão é gerar 230 empregos diretos e 600 indiretos. Com esse investimento, novas plantas industriais virão para Camaçari, para se beneficiar dos insumos que serão produzidos neste complexo. E o Brasil passará da condição de importador para exportador de matérias-primas essenciais para a indústria química, com impactos importantes sobre a balançacomercial e sobre a economia brasileira.
Diante desse contexto, fica claro que o Brasil só tem a se beneficiar com a implantação desse complexo, pois além de gerar o saldo positivo na economia, implicará em fortalecimento desse setor que ultimamente vem "sofrendo" déficits frequentes e além disso, mais empregos e desenvolvimento para o país.
Mais informações : http://blog.planalto.gov.br/complexo-de-camacari-transforma-brasil-em-exportador-de-produtos-essenciais-a-industria-quimica/
Eletricidade gerada a partir do atrito entre pneu e asfalto
Pesquisadores americanos e chineses conseguiram desenvolver um dispositivo que pode ser colocado em pneus de carro e gerar eletricidade a partir do atrito que surge entre o asfalto e os pneus quando o veículo está em movimento. Alguns protótipos já exploram técnicas para geração de energia a partir dos pneus, mas estes pesquisadores, liderados pelo chinês Yanchao Mao, construíram algo inovador: um nano gerador tribológico. Este termo (tribológico) está relacionado ao efeito triboelétrico que corresponde à carga elétrica resultante do contato ou fricção entre dois materiais distintos.
"A fricção entre o pneu e o solo consome cerca de 10% do combustível de um veículo. Essa energia é desperdiçada; Assim, se pudermos converter essa energia, ela poderá nos dar uma melhoria muito boa em eficiência no consumo," disse o professor Xudong Wang, que já liderou trabalhos sobre geração de energia.
O nano gerador opera explorando a fricção que existe entre a banda de rodagem do pneu e o asfalto, gerando eletricidade a partir da alteração do potencial elétrico entre o pneu e o pavimento. O protótipo criado pela equipe de pesquisa foi testado em um carrinho de brinquedo e obteve resultados satisfatórios, gerando energia pra alimentar alguns LEDs.
Sabendo que a eletricidade gerada é proporcional ao peso do carro e à sua velocidade, a equipe espera que a ideia funcione em veículos reais, e isso pode representar uma economia de 10% em consumo de combustível (considerando a eficiência de 50% para o equipamento). O desafio é integrar o dispositivo à banda de rodagem dos pneus levando em conta seu desgaste natural.
Mais informações: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=atrito-pneu-asfalto-gera-eletricidade&id=010115150701#.VZYyZvlVhBc
Algoritmos podem contratar melhor que um humano?
Empresas que estão recrutando e selecionando pessoas de forma automatizada crescem nos EUA.
É difícil imaginar que selecionar pessoas para um novo cargo dentro de uma empresa possa ser algo passível a automatização. Como saber se um determinado candidato possui características condizentes com a conduta da empresa sem ter uma conversa direta com essa pessoa?
Entretanto, muitas vezes as contratações estão cercadas de intenções pessoais, mesmo que inconscientemente, os recrutadores tendem a colocar a frente similaridades que estão mais relacionadas com seus interesses, do que o interesse geral de sua empresa.
Uma nova onda de startups - como a Gild, Entelo, Textio, Doxa, e GapJumpers – estão estudando a possibilidade das contratações passarem a ser automatizadas. Elas defendem que a utilização de softwares pode ser mais promissor que as pessoas. Visando menores custos e uma maior praticidade, muitas empresas de recrutamento estão incorporando a ideia, dentre elas, a Korn Ferry. Dessa forma, o algoritmo poderá direcionar a seleção para pessoas mais preparadas e que se encaixam melhor em suas companhias.
De qualquer forma, essa é uma ferramenta que ainda está passando por um período de avaliação e aceitação. Por mais que ela não consiga substituir de fato a seleção e recrutamento tradicional, os dados do algoritmo podem ser grandes aliados dos recrutadores.
Mais informações: http://www.nytimes.com/2015/06/26/upshot/can-an-algorithm-hire-better-than-a-human.html?abt=0002&abg=1
O mercado da Engenharia no Brasil
Apesar da instabilidade econômica local, os engenheiros continuam entre os profissionais mais bem pagos pelo mercado de trabalho. Isso graças ao crescimento nos últimos anos da área, proporcionando elevados salários. E mesmo em alta, os empregados desse setor buscam especialização para se diferenciar e não apresentar assim, apenas a bagagem da graduação, a fim de se destacar no mercado que está a cada dia mais competitivo. Alguns desses diferenciais são: uma pós-graduação, o aprendizado de novas línguas, intercâmbio e publicações de trabalhos, por exemplo.
Baseado na publicação da Kelly Services, serão apresentados alguns números que caracterizam o Mercado da Engenharia no Brasil. São Paulo é a cidade que apresente o maior índice de engenheiros (14%, cerca de 30.000), logo após vem o Rio de Janeiro, com 11%, Belo Horizonte com 5% e Curitiba e Brasília, ambas com 3%. As outras cidades completam o percentual com 64%.
Em São Paulo, cidade que abriga a parcela mais representativa, a categoria mais comum é a de Engenheiros Civis, com 13.969 empregados. Os Engenheiros de Produção, qualidade e/ou segurança agrupam 3.175 funcionários. Os Engenheiros Mecânicos, 2.628. Os Engenheiros da Computação aparecem com 1.477 e os Engenheiros Químicos, 890.
Em 2015, o engenharia que ganhou mais espaço foi a Engenharia da Computação, devido ao seu amplo leque de atuação, podendo atuar em empresas e indústrias do setor de tecnologia e em centros de pesquisa e inovação. Já a Engenharia Ambiental encontra-se em baixa, como consequência dos baixos investimentos que o nicho de atuação tem recebido neste ano. Dentre as de melhores remunerações, encontram-se em ênfase as Engenharias Química, Mecânica e Elétrica, respectivamente.
Para uma visualização gráfica dos dados, o link a seguir pode ser acessado: http://migre.me/q5uMp.